longa espera

Ônibus que fazem o trajeto até a UFSM já estão em horário reduzido de férias

Thays Ceretta


Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Todo o final de semestre é o mesmo dilema: os estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) entram em férias e os horários de ônibus reduzem, mas desta vez a diminuição na linha para o Campus foi percebida por alguns usuários antes mesmos das aulas acabarem. Pelo calendário acadêmico da instituição, as aulas terminam oficialmente hoje. O problema disso tudo é que as pessoas que não fazem parte da UFSM acabam sendo prejudicadas.

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É o caso da comerciária Angelita Pozzobom, 43 anos, que mora em um prédio que fica na ERS-509. Todos os dias, para ir para o trabalho, ela vai para a parada pegar o ônibus, porém percebeu que os horários já estão reduzidos.

- Os horários estão um inferno, sem contar que vir sentada a gente não consegue. Inclusive, eu perco uma hora do meu intervalo dentro do ônibus. A gente precisa trabalhar, sou do proletariado, trabalho no comércio e não temos nada o que ver com as férias da Universidade. Eu acho que tem pouco ônibus em circulação, alguém tinha que rever isso e colocar mais transporte nos horários de pico - disse Angelita descontente.

Além disso, Angelita que estava no horário de intervalo do trabalho na manhã de ontem, comentou que na segunda-feira o ônibus previsto para passar às 8h30min, atrasou 20 minutos.

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No mesmo trecho, estava Marta Gottinari 48 anos, aguardando o ônibus para ir para o trabalho. Ela é cozinheira do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) há dois anos e diariamente pega o transporte no mesmo local. Ela ainda não percebeu mudanças no horário do itinerário.

- Ainda tem bastante ônibus para a UFSM, até agora, para mim, não teve redução no horário, tem de dez em 10 minutos, mas quando a Universidade entrar em férias, diminui muito, fica quase de meia em meia hora. Eu sempre olho no site os horários e o ônibus passa bem certinho. Um grande problema é nos finais de semana é mais difícil, fica mais complicado, o horário é reduzido, daí pago uma van para ir trabalhar - comentou Marta.

Na manhã de ontem, muita gente teve que enfrentar a chuva que caia na cidade esperando passar o ônibus, sem saber o horário certo. O motorista José Carlos, 65 anos, tinha uma consulta no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Ele mora o Bairro Itararé e precisa repetir o itinerário pelo menos uma vez por semana.

O QUE DIZEM

  • O gerente operacional do SIM, Cristiano Andretta, diz que as linhas de transporte para a Universidade sofrerão alterações a partir de hoje e que os horários estariam disponíveis no site da empresa na noite de ontem. A redução dos horários é de 30%. "Nós temos três tipos de operações de linhas de ônibus para a UFSM: normal, intermediária e a de férias. Como o movimento na cidade reduziu 40% depois do jogo do Brasil na Copa, estávamos usando a tabela intermediária de horários, por isso as pessoas notaram alguma mudança. A gente está sempre monitorando as necessidades, e o pessoal pode ficar tranquilo que vamos manter o horários dos trabalhadores".
  • Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana, no período de férias, o movimento nas linhas Universidade reduz 43%. "O Consórcio SIM se comprometeu em cumprir os horários e dar ampla divulgação antes de haver a redução. A pasta está intensificando a fiscalização para que estes horários sejam cumpridos", diz o secretário João Ricardo Vargas, informando que foram aplicas 53 multas às empresas este ano por descumprimento de horários.

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OS PASSAGEIROS FALAM

A opinião dos usuários do transporte coletivo sobre a redução nos horários durante o período de férias na UFSM:

"O primeiro que vier, vem bem, está chovendo muito, estou todo ensopado. Percebi que os horários estão reduzidos, antes tinha de cinco em cinco minutos e hoje (ontem) esperei cerca de 20 minutos, eu preciso ir lá uma vez por semana para fazer tratamento e como moro no Bairro Itararé, esta é a parada mais próxima". 
José Carlos Alves, 65 anos, motorista

"Eu já estou em férias da faculdade há um mês e hoje (ontem) fui pego de surpresa, achei estranho os horários estarem reduzidos ainda mais em dia de chuva. Estou indo no Hospital Universitário porque tenho uma consulta marcada. Nas férias os horários sempre diminuem e daí quem precisa tem que chegar bem antes do horário no compromisso, por exemplo".
Willian Pin, 26 anos, estudante de Medicina

 "Ainda tem bastante ônibus para a UFSM, até agora não teve redução no horário, tem de dez em dez minutos, mas quando a Universidade entrar em férias, diminui muito fica quase de meia em meia hora. Eu sempre olho no site os horários e o ônibus passa bem certinho. Um grande problema é nos finais de semana é mais difícil, fica mais complicado, o horário é reduzido, daí pago uma van para ir trabalhar".  
Marta Gottinari, 48 anos, cozinheira no Husm

"O horário está reduzido há uma semana, eu ainda tenho uma prova amanhã por isso estou indo para a Universidade. No site até tem os horários, mas não condiz com os ônibus que estão na rua. A gente se programa, mas nem sempre dá certo. Sou natural de Jaguari, mas moro há 5 anos em Santa Maria e todo o final de semestre é sempre a mesma coisa, o pior é que o preço da passagem sobe, mas a qualidade não acompanha a suba".
Tarcísio Frigo Ludwig, 29 anos, estudante do 9º semestre de Engenharia Mecânica da UFSM

"Um dos grandes problemas é o horário da linha bombeiros. Normalmente já é reduzido e nas férias o bombeiros-faixa nova é ainda pior. Em algumas cadeiras da faculdade a gente tem que estar no hospital às 5h30 min e não tem ônibus, temos que ir de táxi ou procurar carona. Sem contar que quem mora longe do centro precisa pegar dois ônibus para chegar na Universidade".  
Isabela Duarte, 25 anos, estudante de Medicina

"Os horários estão um inferno, sem contar que vir sentada a gente não consegue. Inclusive, eu perco uma hora do meu intervalo dentro do ônibus. A gente precisa trabalhar, sou do proletariado, trabalho no comércio e não temos nada o que ver com as férias da Universidade. Eu acho que tem pouco ônibus em circulação, alguém tinha que rever isso e colocar mais transporte nos horários de pico".
Angelita Pozzobon, 43 anos, comerciária

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